22 de Abr de 2024
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) relatou o primeiro caso de Influenza Aviária Altamente Patogênica (HPAI) em gado leiteiro, de acordo com informações divulgadas no portal Notícias Agrícolas. A confirmação foi feita em coordenação com o Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (APHIS, na sigla em inglês) do Departamento.
De acordo com o Serviço, os sintomas clínicos da enfermidade incluem uma redução na produção de leite no rebanho, uma queda súbita e aguda na produção, com algumas vacas severamente impactadas apresentando leite mais espesso, concentrado, similar ao colostro. Outros sintomas incluem diminuição do consumo de ração com queda simultânea na motilidade do rúmen, fezes anormalmente pegajosas ou soltas, letargia, desidratação e febre.
Além disso, foi esclarecido que vacas mais velhas em meio à lactação podem ser mais afetadas do que vacas jovens e novilhas. Até o dia 16 de abril, o Laboratório de Serviços Veterinários Nacionais do USDA confirmou a presença do subtipo H5N1 da Influenza Aviária em 28 rebanhos de gado leiteiro. Diferentemente da HPAI (H5N1) em aves, que é tipicamente fatal, pouca ou nenhuma mortalidade foi relatada, e os animais estão se recuperando.
O impacto desse surto nas operações de gado leiteiro pode ser significativo, pois afeta não apenas a saúde dos animais, mas também a produção de leite. Este é um desenvolvimento preocupante, especialmente considerando que os Estados Unidos são um dos principais produtores mundiais de leite.
A Influenza Aviária é uma doença viral altamente contagiosa que pode ser transmitida entre animais, incluindo aves e, como confirmado agora, para o gado leiteiro. O USDA está tomando medidas rigorosas para controlar e conter o surto, a fim de evitar um impacto mais amplo na indústria de laticínios do país.
É importante que os produtores de gado leiteiro e a indústria em geral estejam atentos aos sintomas da doença e tomem medidas proativas para proteger seus rebanhos. As autoridades estão incentivando a aplicação de medidas preventivas, como higienização e restrição de movimentação de animais, a fim de conter a propagação do vírus.
A resposta rápida e eficaz do USDA e de outras autoridades é fundamental para mitigar os efeitos desse surto e proteger tanto os animais quanto a indústria leiteira como um todo. É importante que sejam feitos esforços para garantir a saúde e o bem-estar dos animais, além de garantir a segurança e a qualidade do leite produzido. A colaboração entre produtores, autoridades e especialistas é essencial para conter o avanço dessa doença e evitar perdas econômicas e impactos na segurança alimentar.
“A propagação do vírus H5N1 dentro e entre rebanhos indica que a transmissão de bovino para bovino ocorre, provavelmente, por meios mecânicos. Como resultado, estamos encorajando produtores e veterinários a minimizar o movimento de gado leiteiro”, destacou o APHIS.
Fonte: Notícias Agrícolas
Redação: Nicole de Alencar Broetto
